Comissão técnica do Brasil fala sobre novas regras propostas pela FIJ
As novas regras em teste durante a competição agradaram à comissão técnica do Brasil. Entre as modificações, a Federação Internacional de Judô propõe o fim do koka (pontuação mínima), a possibilidade de se continuar a ação quando pelo menos um dos atletas tiver parte do corpo dentro da área de luta, golden score de três minutos apenas, além de mudança no sistema de repescagem (voltam apenas os atletas que perderem nas semifinais). Já em implantação desde os Jogos Olímpicos de Pequim, outra alteração diz respeito às punições para quem pegar a calça do adversário.
“Vamos enviar à FIJ um dossiê com nosso parecer. À primeira vista algumas regras são boas. Quanto à repescagem, temos que avaliar melhor os efeitos desta nova proposta para as categorias menores”, comenta o coordenador das categorias de base da Confederação Brasileira de Judô, Josué Moraes, destacando ainda mais o valor das medalhas conquistadas uma vez que ficou mais difícil ir à repescagem. No caso do Brasil, todos os medalhistas chegaram (ou passaram) das semifinais. “Se ainda fosse usado o sistema antigo, Rochele, no pesado, Stefanie, no meio pesado, Raquel e Marcos, no meio-leve, teriam voltado na repescagem e poderiam ter ido mais longe”, aponta Moraes.
“De maneira geral, as regras estão sendo boas para o judô brasileiro no que diz respeito às punições que estão sendo feitas para coibir a influência de outras modalidades nas lutas. O judô tradicional está voltando”, acredita Mario Tsutsui, treinador da seleção feminina júnior.
O técnico da equipe masculina júnior, Henrique Guimarães, concorda.
“O judô ficou mais dinâmico, com mais ippons. Dá até vontade de voltar a lutar para experimentar o judô clássico retornando aos tatames”, diz o medalhista olímpico da Atlanta 96 nos meio-leves.
Manoela Penna, de Bangkok