
Existente no estado há sete anos o projeto Avança Judô criado pela Confederação Brasileira de Judô em parceria com a Infraero tem agora suporte total da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul (FJMS). O projeto que visa auxiliar e incentivar a prática de judô e diminuir a evasão escolar, é uma ferramenta de inclusão social para crianças e adolescentes dos 7 aos 14 anos e funciona através do suporte técnico e financeiro, tendo como público alvo as crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade nas comunidades dos arredores de aeroportos administrados pela Infraero.
Na quinta-feira, 25, o presidente da Federação de Judô de MS, Marcos Antônio de Moura Cristaldo, visitou o projeto junto ao vereador do município João Rocha para avaliar o crescimento do programa e reafirmar o apoio, levando o esporte para todos os grupos sociais, independente da condição financeira. Em Campo Grande os treinos acontecem no bairro Serradinho dentro da escola municipal Coronel Sebastião Lima.
Durante o encontro João Rocha relembrou o início da carreira esportiva do atual presidente da federação, Marcos Cristaldo, que um dia já teve como professor e incentivador o vereador, “Chamo ele de sensei até hoje”, friza o presidente – sensei é a denominação respeitosa dada aos treinadores de judô e que significa professor, em japonês. “Quando eu ponho essa segunda pele eu fico emocionado”, completa João Rocha, ensinando às crianças do projeto a lição de que o judô tem uma série de responsabilidades e valores que, metaforicamente, o ato de vestir o kimono representa.
O Avança Judô também auxilia outros 6 estados e o distrito federal, somando mais de 1.800 crianças, sendo 150 de Campo Grande, os outros estados contemplados são: Roraima, Amapá, São Paulo, Maranhão, Pernambuco e Minas Gerais. O projeto trabalha com a doação de kimonos, tatames e toda estrutura física necessária para a prática esportiva e ainda proporciona a remuneração de professores capacitados para manter a qualidade dos treinamentos e colocar em prática a ideia de inserção social integrada ao esporte.
Sobre a repercussão desses sete anos de desenvolvimento do projeto o presidente da Associação de Moradores do bairro Nova Campo Grande relata, “Existem crianças que estavam em fator de risco e esse projeto deu um novo rumo à vida deles, nós como liderança das comunidades só temos a agradecer” e em discurso a professora, da escola sede do programa, Gisele Zuza ressalta, “O esporte é essencial, esse projeto só tende a contribuir na vida das crianças, dentro e fora da escola”.
Mayara da Quinta