Federação de Judô de Mato Grosso do Sul

Técnicos do judô de MS avaliam campanha nas OEs e projetam atletas nas Olimpíadas de 2016

Técnicos do judô de MS avaliam campanha nas OEs e projetam atletas nas Olimpíadas de 2016

As dez conquistas do judô sul-mato-grossense nas Olimpíadas Escolares, etapa 15 a 17 anos, em Curitiba (PR), deram esperanças ao sonho de ter atletas do Estado nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Ao todo, foram oito medalhas individuais, além de duas por equipes: uma de ouro – no feminino – e outra de prata – no masculino.

Técnicos das equipes na competição escolar, os professores Alessandro “Buiú” Nascimento e Igor Rocha acreditam bastante no potencial dos judocas. “Acho difícil não termos um atleta olímpico nessa geração”, resume Igor. “Também acredito que alguns deles vão estar em 2016 ou 2020”, completa Alessandro.

Das oito medalhas individuais, duas tiveram um “gosto especial”. Layana Colman venceu na final do peso meio-leve a paulista Nathalia Mercadante, terceira colocada no Mundial Sub-17, realizado em Kiev, na Ucrânia, no mês de agosto. Já Larissa Farias foi ainda mais longe, derrotando a atual campeã mundial Sub-17 no peso ligeiro, a paulista Tawany Silva. Também conquistaram medalhas de ouro Camila Gebara, no pesado, e Ana Carla Grincevicus, no meio-médio.

Um obstáculo, no entanto, se encontra entre os jovens judocas e as sonhadas Olimpíadas, segundo ambos os treinadores: investimento. “Precisamos de mais verbas destinadas pelos órgãos públicos para estrutura”, pede Buiú. “Sem dinheiro, não temos como bancar viagens, treinamento adequado e um salário para os atletas”, explica Igor. “Por isso, agradecemos muito a ajuda dada pela Fundesporte nessa viagem para Curitiba”, completa.

A equipe feminina foi formada pelas judocas Gabriela Oliveira (super-ligeiro), Larissa Farias (ligeiro), Layana Colman (meio-leve), Ana Paula Prates (leve, 5ª colocada no individual), Ana Carla Grincevicus (meio-médio), Mariana Veiga (médio, bronze no individual), Milena Barbosa (meio-pesado, prata no individual) e Camila Gebara (pesado). Para chegar ao ouro, o time venceu Pernambuco por 3 a 1 nas oitavas-de-final, Paraíba por 3 a 0 nas quartas-de-final, Minas Gerais por 3 a 0 nas semifinais e Rio de Janeiro por 3 a 0 na final.

Já a equipe masculina foi formada por Octávio Eudociak (super-ligeiro), Eduardo Eudociak (ligeiro), Vinicius Santos (meio-leve, prata no individual), Luis Paulo Dalpiaz (leve, 5º lugar no individual), João Marcelo Benfatti (meio-médio, prata no individual), Walter Pereira Junior (médio), Felipe Chieregatti (meio-pesado) e Felipe Alves (pesado). O time venceu Piauí por 3 a 0 nas oitavas, Pará por 3 a 1 nas quartas, Santa Catarina 3 a 2 nas semifinais, mas acabou derrotado na final pelo Rio de Janeiro por 3 a 1, ficando com a prata.

Em foco – No quadro geral de medalhas do judô, Mato Grosso do Sul fechou sua participação nas Olimpíadas Escolares em segundo lugar, com dez medalhas, sendo cinco de ouro, perdendo apenas para São Paulo, que faturou doze medalhas, sendo seis de ouro. Os números impressionam ainda mais no feminino. Das nove medalhas de ouro disputadas, MS ficou com cinco, deixando potências como SP e RJ com apenas uma conquista cada, fato que coloca de vez Mato Grosso do Sul entre as potências do judô nas categorias de base.

“Sempre tivemos tradição, tanto no masculino quanto no feminino. Na base, somos um dos Estados mais fortes do país. Não sou eu que estou dizendo, são os resultados”, afirma o treinador Igor Rocha. “Já éramos vistos com bastante respeito, mas agora os outros Estados serão ainda mais cautelosos quando enfrentarem um judoca sul-mato-grossense, pois saberão que ele tem muita qualidade”, destaca Alessandro Nascimento. Os professores ainda agradeceram o apoio dado pelo Colégio Sealp e pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), que segundo eles ajudam bastante o judô no Mato Grosso do Sul.

Motivação extra

Dos 16 judocas que participaram da edição 2011 das Olimpíadas Escolares, apenas Vinicius Santos, João Marcelo Benfatti e Ana Carla Grincevicus – todos medalhistas – não terão condições de participar da próxima edição, que será disputada em Londrina (PR), por estourarem o limite de idade. No entanto, a luta por uma vaga na delegação sul-mato-grossense promete ser ainda maior em 2012, já que os atletas que se classificarem para a competição escolar terão uma motivação a mais. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) acertou intercâmbio com o Comitê Olímpico Australiano para que destaques das Olimpíadas Escolares brasileiras disputem o Festival Olímpico Australiano da Juventude, em janeiro de 2013, em Sydney (AUS).

Cerca de 60 atletas brasileiros, vencedores no atletismo, judô e natação das Olimpíadas Escolares de Londrina, em 2012, na categoria 15 a 17 anos, se classificarão para disputar uma das competições internacionais de esporte de base mais importantes do mundo. O Festival Olímpico Australiano da Juventude é realizado a cada quatro anos, reunindo cerca de 1.500 atletas de 20 países, nas instalações dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000. O evento é realizado nos moldes dos Jogos Olímpicos, com cerimônias de abertura, encerramento e hospedagem das delegações em uma Vila Olímpica.

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