Sustentabilidade e legado esportivo são bases do projeto Rio 2016
Um projeto de nível internacional, baseado na sustentabilidade e no aproveitamento total das instalações construídas para os Jogos Pan-americanos Rio 2007. Esta é base do plano esportivo da candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, apresentada nesta quarta-feira, dia 3, na Assembléia das Confederações Brasileiras Olímpicas, realizada no Rio de Janeiro. O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, e o Secretário Geral, Carlos Roberto Osório, falaram sobre os destaques técnicos da candidatura e as ações internacionais da campanha.
A apresentação ressaltou o aproveitamento das instalações construídas para os Jogos Pan-americanos Rio 2007 e o legado da candidatura Rio 2016. O destaque é o Centro Olímpico de Treinamento (COT), que será construído na Barra da Tijuca e terá instalações de nível internacional para o desenvolvimento de 22 esportes, e infra-estrutura para pesquisas e trabalho de base. Para todas as instalações do projeto Rio 2016 será feito um estudo de sustentabilidade. “Não incluiremos instalações sem um plano de utilização a longo prazo. Caso a sustentabilidade não seja comprovada, a instalação será temporária”, explicou Carlos Roberto Osório.
O Comitê Rio 2016 também informou que a alteração do local de disputa de alguns esportes, em relação ao que foi apresentado no Questionário de Aplicação, entregue ao COI em janeiro, se deveu a solicitações das Federações Internacionais e ao refinamento do projeto. Após os Jogos Olímpicos de Pequim, foram realizadas reuniões de trabalho e algumas modalidades tiveram sua instalação alterada: pólo aquático, taekwondo, ginástica rítmica, natação, nado sincronizado e esgrima. “O processo ainda está em desenvolvimento. As cidades candidatas tentam atender da melhor forma possível os interesses dos atletas. Todas as instalações atenderão as exigências do COI e das Federações Internacionais. No caso do Rio, tenho certeza de que apresentaremos um projeto espetacular”, disse Carlos Arthur Nuzman.
Atualmente o Comitê Rio 2016 trabalha na elaboração do Dossiê de Candidatura, que será enviado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) até o dia 12 de fevereiro. O documento tem dois volumes, 600 páginas e 52 categorias de garantias, e é a base da proposta de candidatura. Nele, serão respondidas cerca de 300 questões técnicas sobre 17 temas. Para elaborar o Dossiê, foi formada uma equipe de especialistas em várias áreas, que conta com a colaboração de consultores internacionais com experiência em grandes eventos. Pelas regras do COI, o conteúdo só poderá ser divulgado após o dia 13 de fevereiro de 2009.
Na apresentação também foram detalhadas as ações internacionais da campanha. Desde o dia 4 de junho, quando o Comitê Olímpico Internacional anunciou que o Rio de Janeiro era uma das cidades finalistas, o projeto Rio 2016 corre o mundo. A Comissão de Candidatura participou dos mais importantes eventos internacionais do mundo olímpico, sempre com grande receptividade e impacto positivo. Foram três apresentações oficiais, nas Assembléias Gerais dos Comitês Olímpicos das Américas, da Ásia e da Europa. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, a Casa Brasil, espaço para divulgação do país e da candidatura, reuniu personalidades, atletas e visitantes nacionais e internacionais. “Vimos um projeto espetacular. Tenho certeza que o Rio entra na disputa com uma proposta vencedora”, elogiou Manoel Luiz Oliveira, presidente da Confederação Brasileira e da Confederação Pan-americana de Handebol e Vice Presidente da Confederação Internacional de Handebol.
