Federação de Judô de Mato Grosso do Sul

ALIMENTAÇÃO EM VIAGENS – por nutricionistas da CBJ

Nutrição

ALIMENTAÇÃO EM VIAGENS
Por Roberta Lima e Gisele Lemos, nutricionistas da CBJ

É sempre uma preocupação muito grande a alimentação do atleta fora do país, seja por motivo de treino, seja por competição. O que torna o desafio maior é a peculiaridade culinária dos países, que se diferencia da alimentação habitual dos atletas.

Uma má alimentação pode comprometer toda a preparação. Assim, é importante conhecer bem os hábitos alimentares dos atletas, a fim de prepará-los a agir diante das opções alimentares oferecidas nos países sedes de treinamentos e competições.

Um erro muito comum dos atletas, é querer experimentar “novos alimentos”. Os novos alimentos sempre têm o risco de não serem bem aceitos, causando desconforto intestinal, azia, diarréia e vômitos. É extremamente desaconselhável experimentar qualquer alimento diferente durante as viagens, principalmente se for uma viagem com fim competitivo.

Uma outra dica importante é sempre colocar na mala alguma opção de alimento conhecido, para o caso de uma emergência. Desta forma, se a alimentação não for muito familiar, o atleta tem como se alimentar adequadamente.

São opções de alimentos que podem ser levados em viagens:
Barras de cereais;
Barras de proteínas;
Maltodextrina;
Gel de carboidratos;
Frutas desidratadas;
Isotônicos.

Outro aspecto importante é a hidratação. É recomendado beber água regularmente durante o esforço, mesmo que não tenha sede.
Por precaução, deve-se evitar beber água que não seja mineral, devidamente engarrafada, para não correr o risco de estar consumindo água não tratada, o que pode ocasionar uma grave intoxicação.

Práticas incorretas de perda de peso em atletas de judô
Por Gisele de Paiva Lemos – Nutricionista da Seleção Brasileira de Judô

O atleta de judô é classificado de acordo seu peso, por
isso, muitos judocas enfrentam a pressão de diminuir a massa corporal antes da competição. Essa prática tem levado a alta redução de peso em curto período de tempo, ocasionando a desidratação, já que muitas vezes combinam dietas radicais com restrições severas de líquidos.

O grande problema de uma redução brusca de massa corporal na fase competitiva é acarretar diretamente o desempenho do atleta, pois ocorre alteração do metabolismo basal, diminuição da capacidade de concentração, perda de eletrólitos, diminuição do glicogênio muscular, diminuição do consumo máximo de oxigênio, prejuízo ao trabalho cardiovascular, alteração do humor e alteração do sistema imunológico.

Assim, é aconselhável que a redução de peso corporal nos períodos antecedentes a competição seja composta de treinamento físico específico e restrição moderada de energia, acompanhada de um profissional especializado.

Hidratação
por Roberta Lima- Nutricionista da Seleção Brasileira de Judô

É uma prática comum em esportes de categoria de peso, como o judô, a perda de peso através da desidratação. Muitos atletas se exercitam vestindo roupas de borracha ou acessórios para promover a sudorese, gerando perda de peso. Acontece que esta prática leva rapidamente a desidratação, resultando em fadiga.

Nosso corpo é constituído de 60% de água, e esta é essencial para o bom funcionamento do organismo, preservação das funções fisiológicas, lubrificação das articulações, eliminação de toxinas, transporte de nutrientes e regulação da temperatura corporal.

Alguns estudos mostram que a perda corporal de 1% de água já está relacionada com a redução do desempenho do atleta. Isto porque a desidratação leva o atleta à perda da concentração, distúrbios intestinais, náuseas, redução da disposição, câimbras musculares, fadiga antecipada, taquicardia, e prejuízos na regulação térmica do corpo.

Para manter uma boa hidratação, uma boa estratégia é pesar-se antes e após o treino. Comece a beber em torno de 0,5 litros de fluidos em aproximadamente 2 horas antes do exercício, para assegurar que esteja adequadamente hidratado e que haja tempo para eliminar o excesso de água. Durante o treino beba 200ml de líquido a cada 15 minutos. E após o treino beba 0,5 litros de água para cada 500g perdidos. As bebidas geladas (entre 5 e 10o C) são as mais indicadas, pois são absorvidas mais rapidamente.

Deve-se evitar bebidas com cafeína (guaraná natural, café, chá mate ou preto e refrigerante) e bebidas alcoólicas, já que são diuréticas e reduzem a absorção de alguns minerais como o Cálcio e o Ferro.

Durante exercícios prolongados (duração maior que 1 hora) a adição de carboidrato pode ser eficaz para a manutenção do exercício e a demora no estado de fadiga. Soluções contendo de 4% a 8% de carboidratos são considerados ideais. Os carboidratos podem variar entre glicose, sacarose e maltodrexina. Para este tipo de informação, consulte sempre o rótulo do produto.

Quando bem hidratado, o atleta tenderá a urinar várias vezes ao dia e a urina terá uma coloração amarela clara.
Para maiores informações, consulte um profissional especializado.

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