A meio-pesado Edinanci Silva não vai defender a medalha de bronze que obteve no último Mundial de judô, em 2003. Nesta quinta-feira, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) anunciou que a judoca pediu dispensa do time, alegando problemas pessoais, e ficará de fora do Mundial de 2005, que será realizado em setembro, no Egito.
“Não me encontro em condições físicas e psicológicas para atuar nos próximos compromissos e metas para o presente ano (2005) estipulados pela Confederação Brasileira de Judô”, escreveu Edinanci em carta à CBJ. “Assim como ocorreu em 2001, prefiro me resguardar para retornar, futuramente, recuperada e em forma. Aproveito a oportunidade para pedir desculpas”, disse a judoca, que obteve medalha (bronze) também no Mundial de 1997, e havia apresentado, há dez dias, em São Paulo, na seletiva para a competição no Egito, um judô muito mais fraco do que o normal.
A substituta de Edinanci no Mundial será Luzia Fernandes, derrotada por ela na seletiva. “A CBJ lamenta a ausência da Edinanci, mas elogia sua atitude coerente e madura”, declarou Paulo Wanderley, presidente da entidade.
Nesta sexta-feira, a seleção brasileira embarca para a Espanha, onde participa, na próxima semana, de um treinamento internacional em Castelldefels. De lá, a equipe viaja para a Turquia, onde disputa um torneio de categoria “B” da FIJ (Federação Internacional de Judô), em Istambul. Na semana seguinte, as judocas continuarão na cidade para participar de treinos, enquanto os homens seguem para Paris, onde treinam com seleções européias.
Luzia ainda não sabe se viajará para os treinamentos e a competição -a CBJ tenta trocar o nome nas passagens e na inscrição nos treinamentos para que a judoca possa viajar.
A temporada na Europa servirá para avaliação dos atletas por parte da comissão técnica. A partir daí serão definidos os nomes que integrarão a seleção brasileira no Mundial.
“Até o último ciclo olímpico, a CBJ fazia avaliações médicas e disciplinares nos atletas. Agora, vamos promover uma forte avaliação técnica, observando se os atletas treinam em sua plenitude, sem restrições de movimentos no solo e em pé, por exemplo, e como é o desempenho de cada um nos treinos e competições”, prometeu o coordenador técnico da seleção, Ney Wilson.