Federação de Judô de Mato Grosso do Sul

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DF perde a hegemonia do Judô Regional para MS

Os atletas e seus professores estão de parabéns, e merecem todos os louros da conquista – com 47 judocas, menos da metade das 100 vagas possíveis, os competidores trouxeram para Brasília o título de Vice-campeã Regional de Judô. Em termos relativos é um grande feito, considerando a diferença de apenas oito medalhas de ouro colecionadas a mais por Mato Grosso do Sul, equipe campeã, que compareceu com o time completo (com 98, para ser exato); e permite inferir que Brasília seria novamente campeã se tivesse levado a equipe cheia. Melhor dizendo, seria decacampeã da região – a seqüência de nove títulos (consecutivos), ora interrompida, reforça essa evidência.

Impossível, então, não buscar causas para a perda da supremacia de uma década no Judô regional. Antes, porém, há que se congratular a Federação de Judô do Mato Grosso do Sul pelo título de campeã e pela competência de ter captado recursos suficientes para desonerar em 50% todos os atletas da equipe. O professor João Rocha – que fez rasgados elogios à organização e à infra-estrutura oferecidas pela federação local – ressaltou a união e o espírito de equipe, que permitiram o resultado almejado a partir do esforço de cada um.

É fato que o local do torneio é muito distante de Brasília, mas isso não justifica a reduzida delegação, pois também é longe de Campo Grande. Na verdade, nem é necessário fazer muito esforço para entender o que aconteceu – o alerta de que a seqüência de títulos poderia ser quebrada foi dado no início do mês, quando noticiamos que os pais pagariam a conta da participação do DF no Regional de Judô. Merece registro o fato de que, poucos dias antes do torneio, a Secretaria de Esporte do DF compareceu com um ônibus (não se tem notícia de algum repasse em espécie), mas, ao que parece, essa ajuda além de escassa veio muito em cima da hora.

Em resumo, a falta de ações suficientes por parte da Femeju, no tocante à captação de recursos junto à iniciativa privada, e ao desembaraço de sua prestação de contas junto ao TCDF; associadas ao insuficiente apoio da Secretaria de Esporte, podem ter sido as principais causas do desfalque na Delegação Candanga, que, provavelmente, implicou o vice-campeonato no regional deste ano, colocação inferior a das últimas nove temporadas.

A Copa Brasília vem aí. Vamos ver se os recursos aparecem. Se isso ocorrer, poderíamos aduzir aos possíveis motivos do insucesso no regional a prioridade (falta de) que foi dada pela Femeju e/ou pela Secretaria de Esporte àquele evento.

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